quinta-feira, 24 de junho de 2010

AS EXPLICAÇÕES SOBRE A TERRA E O UNIVERSO

AS EXPLICAÇÕES SOBRE A TERRA E O UNIVERSO

Para os antigos, os movimentos dos corpos celestes eram importantes para reconhecer o espaço e o tempo. O movimento do Sol, durante o dia, e o movimento das estrelas, durante a noite, funcionam como relógio, permitindo conhecer a passagem do tempo. Ainda hoje, há pessoas que sabem identificar as horas, olhando para o céu.
Também há pessoas que sabem se localizar, usando o Sol e as estrelas como referências para encontrar os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e se mover no espaço. No passado, sem os instrumentos hoje disponíveis, este conhecimento foi essencial na navegação, por exemplo.

Além disso, era importante conhecer a posição do Sol e das estrelas durante o ano. Essas posições marcam o começo das estações boas para plantar, para colher e muitas outras atividades. Os astrônomos eram requisitados para os cálculos do calendário anual.

Em meados do século XVI (anos 1500), havia vários calendários, que não concordavam entre si. A existência de muitos calendários na Europa gerava dificuldades, como para marcar datas de contratação de trabalhadores para colher as safras ou o vencimento de dívidas. Então, no final daquele século, o Papa da Igreja Católica Romana convocou um conselho de sábios para determinar um calendário único e que funcionasse muito bem. A Igreja estava exercendo o seu papel, pois foi, durante muito tempo, a fonte de
produção e controle da cultura e do poder no mundo europeu.

O bom funcionamento do calendário dependia de uma boa compreensão dos movimentos celestes, com previsões exatas. Para isso, não bastavam as explicações de Ptolomeu. De fato, durante os séculos que se seguiram à publicação da obra de Ptolomeu, os astrônomos buscaram aperfeiçoá-la.

Mas no século XVI, muitos sábios tinham certeza de que a teoria do alexandrino Ptolomeu não dava conta nem de prever o começo das estações, nem de explicar o movimento dos planetas (Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter eram conhecidos naquela época). Isso porque os planetas pareciam desenhar “laços” no céu, durante um período variado entre meses e anos.

Não acompanham as demais estrelas durante uma noite, o que você pode notar ao realizar as atividades de observação do céu noturno. Era muito difícil explicar como os planetas estariam dando voltas em torno da Terra. Bem que os astrônomos tentaram, durante séculos, fazendo inúmeros cálculos. Mas nada funcionava com a perfeição pretendida. A propósito, a palavra planeta significa “estrela errante”.

Em vista dessas dificuldades, os católicos reformadores do calendário decidiram usar as explicações de Nicolau Copérnico, astrônomo e cônego da Igreja Católica, nascido na Polônia, que viveu de 1473 a 1543.

Em 1543, um pouco antes de morrer, Copérnico teve um livro publicado, no qual fez reviver uma idéia: colocar o Sol no centro do sistema, com a Terra e outros planetas (as “estrelas errantes”) girando ao seu redor. Desse modo, tornava-se mais fácil explicar o movimento dos planetas e determinar a data precisa do começo das estações do ano.

Segundo Copérnico, a Terra dá uma volta completa em torno de si mesma a cada 24 horas e demora um ano para completar um giro ao edor do Sol.
 
 

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