quarta-feira, 21 de julho de 2010

Helicópteros

Helicópteros


O primeiro projeto de um veículo semelhante a um helicóptero, uma "hélice voadora", data da Renascença e foi elaborado pelo artista e cientista italiano Leonardo da Vinci (1452-1519).

Entretanto, somente no início do século XX foi desenvolvida a tecnologia necessária para fazer um aparelho como este realmente voar.

O helicóptero, da forma como o conhecemos hoje, só levantou vôo em 1936. Um primeiro modelo,de 1907, possuia apenas uma hélice e decolava sem problemas atingindo alturas de aproximadamente 2 metros. Porém, logo após a decolagem: quando se tentava variar a velocidade de rotação da hélice, para atingir alturas maiores, o corpo do helicóptero girava sentido contrário da hélice, desgovernando-se.
 
Por que isto não ocorria quando o helicóptero estava no chão? Como contornar este problema?

A solução encontrada foi prolongar o corpo do helicóptero na forma de uma cauda e colocar nela, lateralmente, uma segunda hélice A função desta hélice lateral é produzir uma força capaz de compensar o giro do corpo do helicóptero, proporcionando assim a estabilidade do aparelho.

Quando o veículo estava no solo esse problema não era percebido porque o aparelho estava fixo ao chão. Ao ligar-se o motor, a aeronave sofria uma torção no sentido oposto que era transferida à Terra por meio das rodas. Dessa forma, devido à elevada massa da Terra, não se notava qualquer movimento.

Mais tarde, modelos bem maiores com duas hélices girando na horizontal foram projetados para transporte de cargas geralmente em operações militares . Nesse caso, cada hélice deve girar em um sentido diferente para impedir a rotação Um bailarino ao executar um rodopio impulsiona o chão em sentido oposto ao do seu giro. Após iniciar esse movimento de rotação, ele pode aumentar sua velocidade de giro sem a necessidade de um novo impulso, simplesmente aproximando os braços do corpo.
 
Na modalidade de ginástica conhecida como salto sobre  o cavalo o atleta precisa encolher o corpo para realizar o salto mortal (giro para a frente). Com isso, ele consegue aumentar sua velocidade de giro durante o vôo sem precisar receber um novo impulso. Já em um salto estilo peixe, onde não há o rodopio, a pessoa deve manter seu corpo esticado, para dificultar o giro.
 
Esses dois exemplos parecem desobedecer à  conservação da quantidade de movimento angular. Afinal, de onde vem esse movimento a mais que eles receberam?

 
http://www.if.usp.br/gref/

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