terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vício mais caro, de acordo compesquisa do Ibre-FGV

06 de setembro de 2011 - 06:47

Os preços de produtos associados a vícios do brasileiro, como cigarros, bebida alcoólica e jogos apresentaram reajuste maior que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10) entre setembro de 2008 e agosto de 2011. Os cigarros tiveram reajuste de 40,19% no período, bebidas apresentaram alta de 19,53% e jogos lotéricos de 15,49%, enquanto o IPC-10 no mesmo intervalo subiu 16,07%. A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e divulgada pela Agência Estado. No geral, os produtos associados ao vício tiveram reajuste de 30,96%, quase o dobro da inflação acumulada no período. A elevação foi maior do que a dos preços associados a instrução, informação e lazer (18,73%). Dentre esses gastos, chamados de ‘virtuosos’, o maior reajuste ficou com as academias de ginástica, de 24,75%. Em seguida aparecem gastos com escolas e cursos complementares (20,84%), ingressos para cinema, teatro e shows (17,75%) e livros, jornais e revistas (10,77%). O economista André Braz, responsável pelo estudo da FGV, lembrou que o dinheiro gasto com as virtudes é uma espécie de investimento. Já o dinheiro usado com os vícios, não volta.
Outro dado é que a inflação em agosto medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) atingiu principalmente o bolso do paulistano de menor poder aquisitivo. O ICV para esse estrato da população aumentou 0,49%, enquanto o índice geral para a Capital paulista ficou em 0,39%. Para o estrato intermediário, a alta de preços foi de 0,43% e para as pessoas com maior rendimento, a elevação foi de 0,34%.
Segundo o Dieese, o paulistano de menor renda enfrentou a alta dos preços dos produtos que compõem a refeição no domicílio, principalmente os in natura e semielaborados, como frango (5,53%), arroz (3,49%), laranja (4,91%) e carnes (1,07%). O grupo alimentação contribuiu com 0,44 ponto porcentual da inflação para a camada de menor poder aquisitivo, 0,39 ponto para o estrato intermediário e 0,29 ponto para os paulistanos de maior renda.

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